SE JESUS
CRISTO NASCESSE HOJE...
Autor desconhecido.
Observações: A
idéia da história é muito boa, contextualizada, mas não há muitas indicações de
cenário nem divisões muito claras das cenas. No entanto, vale a pena conhecer o
texto e quem sabe, desafiar um grupo a exercitar sua criatividade, inovando,
imaginando como aperfeiçoar esta idéia.
Personagens:
Narrador
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Arauto
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Garotinho e sua mãe
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José
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Capataz
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Taxista
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Enfermeira
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Policial
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Funcionário do INSS
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Maria
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Anjo
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Operário
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Zacarias
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Arauto: “Mas,
quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho. Ele veio como
filho de mãe humana e viveu debaixo da Lei dos judeus para libertar os que
estavam debaixo da Lei, a fim de podermos nos tornar filhos e filhas de Deus.”
Gálatas 4.4-5
Narradora ou narrador:
Transcorria o ano de 1997, violentos
acontecimentos se sucediam por todo o mundo, guerras, seqüestros de aviões e
pessoas, terrorismo, pessoas que nasciam para morrer de fome, enquanto que eram
feitas experiências nucleares que
custavam milhões de dólares, os direitos humanos eram constantemente violados,
o rico ficando mais rico e o pobre sempre mais pobre. (Aqui o grupo pode acrescentar
mais aspectos da realidade social atual).
Arauto: “Naquele
tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os cidadãos do Império se
registrarem, a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito
esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram
se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da
Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o Rei Davi. José foi lá
porque era descendente de Davi. Foi registrar-se com Maria, com quem tinha
casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto estavam em
Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu á luz o seu primeiro
filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia
lugar para eles na pensão.” Lucas 2.1-7
Narradora: Aproximava-se a época do natal, os Pastores
ou Pastoras estavam por demais preocupados em preparar prédicas e programas de
Natal, as lojas decoravam seus ambientes com enfeites natalinos, pinheirinhos,
cartões de boas-festas e presentes. As crianças esperavam o Papai Noel com seu
saco cheio de presentes e fazia parte do “bom tom”, fazer uma ceia de Natal e
ir na igreja, cantar hinos de Natal. Era 25 de Dezembro, mas poucos lembravam
porque se comemorava este dia.
Garotinho: Mãe, o
que é o Natal?
Mãe: Ora, é uma
festa de fraternidade humana, onde por tradição trocamos presentes, votos
antecipados de Ano Novo e vamos a igreja nesta data significativa.
Garotinho: Ah!
Compreendi!
Narradora: José,
o pai do menino era carpinteiro em uma construtora que estava erguendo mais um
espigão de 45 andares no centro da cidade.
Maria, sua esposa lavava roupa para fora, pois com o salário que José
ganhava não dava para viver. Ela estava lavando roupas quando sentiu as primeiras
dores que anunciavam que o filho de Deus estava para nascer. José foi chamado
as pressas.
José: Mas eu
tenho que ir minha mulher está passando
mal, está para ter o bebê, é o filho de Deus que vai nascer...
Capataz: Eu não
quero nem saber. Se você sair antes das seis, você perde o dia de serviço e o
Domingo. Eu estou aqui para defender o interesse do patrão.
José: Táxi! Táxi!
Preciso levar a minha mulher para o hospital, ela está para dar a luz ao filho
de Deus!
Taxista: Vê lá se
carrego mulher tendo nenê no meu carro, ainda mais negros! Eu hem...
Narradora: José
faz sinais e mais sinais para os taxis que passavam e não conseguiu parar
nenhum. Finalmente ele conseguiu carona com a polícia, que fazia uma ronda e
tocaram direto para o hospital mais próximo.
Não conseguiram, porém, internamento, pois o hospital estava lotado.
Foram para o Pronto Socorro, mas lá também já estava lotado e o Menino Jesus
nasceu dentro do carro da polícia, onde eram conduzidos diariamente ao presídio
as escórias da sociedade, os ladrões, as prostitutas, pivetes, puxadores de
fumo, vendedores de drogas (e o grupo pode
acrescentar aqui mais tipos de pessoas). Os guardas mesmos fizeram o parto.
José: Como você
está, Maria?
Maria: Bem,
feliz... (com o bebê nos braços).
Narradora: Lá
longe, num bar, onde os operários iam após o serviço tomar uns aperitivos e
conversar, aparece um anjo.
Anjo: Eis que vos
trago boas novas que será de grande alegria. Hoje vos nasceu, nesta cidade, o
Salvador que é Cristo o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma
criança envolta em panos numa rádio patrulha, onde diariamente são conduzidas
as escórias da sociedade. Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra a
quem ainda acredita nele sinceramente.
Operário: Vejamos
o que o Senhor nos deu a conhecer. O Senhor falou conosco, isso quer dizer que para Deus pelo menos
temos ainda algum valor.
Narradora: Foram apressadamente e acharam Maria e José
na rádio patrulha e nela o Menino Jesus. Todos compreenderam também, que naquele
dia não haveriam mais perseguições nem prisões, pois o Filho de Deus tinha
nascido.
Maria: Ele será
chamado Jesus, como o anjo dissera...
Zacarias:
“Bendito seja o Senhor de Israel, porque visitou e redimiu seu povo e
suscitou-nos uma força de Salvação. E tu, menino, será chamado de profeta do
altíssimo, pois irás á frente do Senho, para preparar-lhes os caminhos para
transmitir ao seu povo o conhecimento da salvação, pela remissão dos pecados.
Graças ao misericordioso coração de Deus, pelo qual nos visita o astro das
alturas, para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, para
guiar os nossos passos nos caminhos da paz.”
FIM
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