sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Natal 38

SE JESUS CRISTO NASCESSE HOJE...
Autor desconhecido.
Observações: A idéia da história é muito boa, contextualizada, mas não há muitas indicações de cenário nem divisões muito claras das cenas. No entanto, vale a pena conhecer o texto e quem sabe, desafiar um grupo a exercitar sua criatividade, inovando, imaginando como aperfeiçoar esta idéia.
Personagens:

Narrador
Arauto
Garotinho e sua mãe
José
Capataz
Taxista
Enfermeira
Policial
Funcionário do INSS
Maria
Anjo
Operário
Zacarias



Arauto: “Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho. Ele veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da Lei dos judeus para libertar os que estavam debaixo da Lei, a fim de podermos nos tornar filhos e filhas de Deus.” Gálatas 4.4-5
Narradora ou narrador: Transcorria o ano de 1997,  violentos acontecimentos se sucediam por todo o mundo, guerras, seqüestros de aviões e pessoas, terrorismo, pessoas que nasciam para morrer de fome, enquanto que eram feitas experiências  nucleares que custavam milhões de dólares, os direitos humanos eram constantemente violados, o rico ficando mais rico e o pobre sempre mais pobre. (Aqui o grupo pode acrescentar  mais aspectos da realidade social atual).
Arauto: “Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os cidadãos do Império se registrarem, a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.
Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o Rei Davi. José foi lá porque era descendente de Davi. Foi registrar-se com Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto estavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu á luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.” Lucas 2.1-7
Narradora:  Aproximava-se a época do natal, os Pastores ou Pastoras estavam por demais preocupados em preparar prédicas e programas de Natal, as lojas decoravam seus ambientes com enfeites natalinos, pinheirinhos, cartões de boas-festas e presentes. As crianças esperavam o Papai Noel com seu saco cheio de presentes e fazia parte do “bom tom”, fazer uma ceia de Natal e ir na igreja, cantar hinos de Natal. Era 25 de Dezembro, mas poucos lembravam porque se comemorava este dia.
Garotinho: Mãe, o que é o Natal?
Mãe: Ora, é uma festa de fraternidade humana, onde por tradição trocamos presentes, votos antecipados de Ano Novo e vamos a igreja nesta data significativa.
Garotinho: Ah! Compreendi!
Narradora: José, o pai do menino era carpinteiro em uma construtora que estava erguendo mais um espigão de 45 andares no centro da cidade.  Maria, sua esposa lavava roupa para fora, pois com o salário que José ganhava não dava para viver. Ela estava lavando roupas quando sentiu as primeiras dores que anunciavam que o filho de Deus estava para nascer. José foi chamado as pressas.
José: Mas eu tenho que ir  minha mulher está passando mal, está para ter o bebê, é o filho de Deus que vai nascer...
Capataz: Eu não quero nem saber. Se você sair antes das seis, você perde o dia de serviço e o Domingo. Eu estou aqui para defender o interesse do patrão.
José: Táxi! Táxi! Preciso levar a minha mulher para o hospital, ela está para dar a luz ao filho de Deus!
Taxista: Vê lá se carrego mulher tendo nenê no meu carro, ainda mais negros! Eu hem...
Narradora: José faz sinais e mais sinais para os taxis que passavam e não conseguiu parar nenhum. Finalmente ele conseguiu carona com a polícia, que fazia uma ronda e tocaram direto para o hospital mais próximo.  Não conseguiram, porém, internamento, pois o hospital estava lotado. Foram para o Pronto Socorro, mas lá também já estava lotado e o Menino Jesus nasceu dentro do carro da polícia, onde eram conduzidos diariamente ao presídio as escórias da sociedade, os ladrões, as prostitutas, pivetes, puxadores de fumo, vendedores de drogas (e o grupo pode acrescentar aqui mais tipos de pessoas). Os guardas mesmos fizeram o parto.
José: Como você está, Maria?
Maria: Bem, feliz... (com o bebê nos braços).
Narradora: Lá longe, num bar, onde os operários iam após o serviço tomar uns aperitivos e conversar, aparece um anjo.
Anjo: Eis que vos trago boas novas que será de grande alegria. Hoje vos nasceu, nesta cidade, o Salvador que é Cristo o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em panos numa rádio patrulha, onde diariamente são conduzidas as escórias da sociedade. Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra a quem ainda acredita nele sinceramente.
Operário: Vejamos o que o Senhor nos deu a conhecer. O Senhor falou conosco,  isso quer dizer que para Deus pelo menos temos ainda algum valor.
Narradora:  Foram apressadamente e acharam Maria e José na rádio patrulha e nela o Menino Jesus. Todos compreenderam também, que naquele dia não haveriam mais perseguições nem prisões, pois o Filho de Deus tinha nascido.
Maria: Ele será chamado Jesus, como o anjo dissera...
Zacarias: “Bendito seja o Senhor de Israel, porque visitou e redimiu seu povo e suscitou-nos uma força de Salvação. E tu, menino, será chamado de profeta do altíssimo, pois irás á frente do Senho, para preparar-lhes os caminhos para transmitir ao seu povo o conhecimento da salvação, pela remissão dos pecados. Graças ao misericordioso coração de Deus, pelo qual nos visita o astro das alturas, para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, para guiar os nossos passos nos caminhos da paz.”

FIM



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