A REDAÇÃO
Personagens: Pai,
Mãe e a Filha Helga
Local: Cozinha da
Família
Pai - E daí,
filha, como está a redação?
Helga - O início
eu já fiz.
Pai - Então leia.
Helga - (lendo) Qual a razão da minha alegria no
Natal? Eu me alegro no Natal, porque recebo muitos presentes. - Adiante não
chego!
Pai - Bah! Mas
pense uma vez. Qual é a razão da nossa alegria no Natal? Além dos presentes! É
bem simples.
Helga - Mas eu
não sei.
Pai - Filha! A
gente se alegra sobre … Bah! … Por exemplo sobre …
Mãe - (resmungando). Sobre as férias.
Pai - Não, férias
nós não temos só no Natal. No Natal a gente se alegra especialmente sobre …
Mas, também que tema bobo é este … Qual a razão da nossa alegria no Natal? …
Helga - Os
presentes! Mas isso eu já escrevi.
Pai - Mas assim
não podes iniciar com a redação. Não podes escrever no início que o motivo da
alegria são os presentes. O que parece isso!
Mãe - Porque não?
é isso mesmo …
Pai - (nervoso). Claro que é isso, mas …
Helga - Então eu
também posso escrever isso.
Pai - Não, isto
não podes escrever. Pelo menos não no início. Aí o professor quer ouvir outras
coisas. Ou a redação não terá nada a ver com o verdadeiro sentido do Natal. O
tema é: Qual a razão da nossa alegria no Natal? Temos que voltar ao início, ao
centro da história de Natal?
Helga - Ao menino
Jesus.
Pai - Muito bem,
ao menino Jesus. Ele nasceu aquela vez, e, por isso nós nos alegramos hoje.
Helga - Porque
Jesus nasceu?
Pai - Claro.
Helga - Mas eu
não posso escrever: “Eu me alegro porque Jesus nasceu”.
Pai - Sônia!
Ajude por favor!
Mãe - (Chega perto da mesa). Mas tu estás
ajudando.
Pai - (para Helga). Eu falei só do sentido do
Natal. A razão. Paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.
Helga - Devo
escrever isto?
Mãe - Mas isto
não podes escrever.
Helga - Vocês
também só dizem aquilo que não posso escrever.
Pai - Deves
partir disto que nós falamos. Da alegria que chegou até nós. Deves desenvolver
este assunto. Explicar.
Helga - Sobre os
nossos presentes?
Pai - Tu também
dás presentes aos outros. Ou não?
Helga - Ainda não
nos deste dinheiro para comprá-los.
Pai - Eu digo,
aí, na redação.
Helga - Ah, sim!
Pai - (levanta-se).
Pela alegria. Preparar a alegria, aí está. A alegria que sentimos quando
escolhemos os presentes … (Mãe olha para
o pai). Quando os empacotamos com carinho, a alegria de poder ir à Igreja
na noite de Natal … os sinos …os belos hinos de Natal que cantamos em casa diante
do pinheirinho enfeitado …
Helga - Mas, pai,
isto não está certo. Nós nem vamos à Igreja e nem cantamos hinos de Natal
diante do pinheirinho …
Mãe - Não o
fazemos mais … (levanta-se e continua a
trabalhar).
Pai - (Para a Helga). Diga-me, o que afinal,
queres escrever: um relato verdadeiro ou uma redação para ganhares uma boa
nota?
Helga - Mas eu não posso mentir.
Pai - Sônia, por
favor, diga também algo.
Mãe - Em todos os
casos, ela não pode escrever o que não é verdade.
Pai - Ela também
não pode escrever como é. Aí não dá.
Helga - O que
então vou fazer?
Mãe - Tão bobo
assim esse tema até que não é …
pai - (Para Helga). Quero te dizer uma coisa:
amanhã tu vais esquecer o teu caderno em casa, e primeiro escutas uma vez o que
os outros escreveram. Fim para hoje.
Observação: Esta peça é da autoria de: STROMBERGER, Robert.
In.: Drucksache 6. Pro Schule Verlag
Düsseldorf, In: Anspiele Antexte
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