sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Natal 22

A REDAÇÃO
Personagens: Pai, Mãe e a Filha Helga
Local: Cozinha da Família

Pai - E daí, filha, como está a redação?
Helga - O início eu já fiz.
Pai - Então leia.
Helga - (lendo) Qual a razão da minha alegria no Natal? Eu me alegro no Natal, porque recebo muitos presentes. - Adiante não chego!
Pai - Bah! Mas pense uma vez. Qual é a razão da nossa alegria no Natal? Além dos presentes! É bem simples.
Helga - Mas eu não sei.
Pai - Filha! A gente se alegra sobre … Bah! … Por exemplo sobre …
Mãe - (resmungando). Sobre as férias.
Pai - Não, férias nós não temos só no Natal. No Natal a gente se alegra especialmente sobre … Mas, também que tema bobo é este … Qual a razão da nossa alegria no Natal? …
Helga - Os presentes! Mas isso eu já escrevi.
Pai - Mas assim não podes iniciar com a redação. Não podes escrever no início que o motivo da alegria são os presentes. O que parece isso!
Mãe - Porque não? é isso mesmo …
Pai - (nervoso). Claro que é isso, mas …
Helga - Então eu também posso escrever isso.
Pai - Não, isto não podes escrever. Pelo menos não no início. Aí o professor quer ouvir outras coisas. Ou a redação não terá nada a ver com o verdadeiro sentido do Natal. O tema é: Qual a razão da nossa alegria no Natal? Temos que voltar ao início, ao centro da história de Natal?
Helga - Ao menino Jesus.
Pai - Muito bem, ao menino Jesus. Ele nasceu aquela vez, e, por isso nós nos alegramos hoje.
Helga - Porque Jesus nasceu?
Pai - Claro.
Helga - Mas eu não posso escrever: “Eu me alegro porque Jesus nasceu”.
Pai - Sônia! Ajude por favor!
Mãe - (Chega perto da mesa). Mas tu estás ajudando.
Pai - (para Helga). Eu falei só do sentido do Natal. A razão. Paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.
Helga - Devo escrever isto?
Mãe - Mas isto não podes escrever.
Helga - Vocês também só dizem aquilo que não posso escrever.
Pai - Deves partir disto que nós falamos. Da alegria que chegou até nós. Deves desenvolver este assunto. Explicar.
Helga - Sobre os nossos presentes?
Pai - Tu também dás presentes aos outros. Ou não?
Helga - Ainda não nos deste dinheiro para comprá-los.
Pai - Eu digo, aí, na redação.
Helga - Ah, sim!
Pai  - (levanta-se). Pela alegria. Preparar a alegria, aí está. A alegria que sentimos quando escolhemos os presentes … (Mãe olha para o pai). Quando os empacotamos com carinho, a alegria de poder ir à Igreja na noite de Natal … os sinos …os belos hinos de Natal que cantamos em casa diante do pinheirinho enfeitado …
Helga - Mas, pai, isto não está certo. Nós nem vamos à Igreja e nem cantamos hinos de Natal diante do pinheirinho …
Mãe - Não o fazemos mais … (levanta-se e continua a trabalhar).
Pai - (Para a Helga). Diga-me, o que afinal, queres escrever: um relato verdadeiro ou uma redação para ganhares uma boa nota?
Helga -  Mas eu não posso mentir.
Pai - Sônia, por favor, diga também algo.
Mãe - Em todos os casos, ela não pode escrever o que não é verdade.
Pai - Ela também não pode escrever como é. Aí não dá.
Helga - O que então vou fazer?
Mãe - Tão bobo assim esse tema até que não é …
pai - (Para Helga). Quero te dizer uma coisa: amanhã tu vais esquecer o teu caderno em casa, e primeiro escutas uma vez o que os outros escreveram. Fim para hoje.

Observação: Esta peça é da autoria de: STROMBERGER, Robert.

In.: Drucksache 6. Pro Schule Verlag Düsseldorf, In: Anspiele Antexte

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