O Natal estava próximo. O casal João e Joana muito se
amavam. O salário mal dava para o sustento de cada dia. E os dois andavam
preocupados em como presentear um ao outro.
Joana, dona de longos cabelos castanhos, resolveu
sacrificar a cabeleira que emoldurava suas faces meigas. Vendeu os cabelos num
Instituto de Beleza que fazia perucas. Com isso conseguiu um bom dinheiro.
Também João soube se virar para dar uma expressão
concreta ao seu amor por Joana: vendeu o seu relógio de ouro que recebera de
presente de confirmação.
Com o dinheiro cada um comprou um presente para o outro e
ambos aguardavam ansiosamente a noite de Natal. Enquanto esperava o marido,
Joana enfeitou o pinheirinho e preparou o jantar. Quando João voltou do
serviço, estranhou a aparência da esposa... Abraçaram-se e se beijaram como de
costume.
Joana correu para a sala e buscou o seu presente:
Comprara uma corrente de ouro para o relógio do marido.
João, por sua vez, usando o dinheiro do relógio vendido,
tinha comprado um prendedor de cabelos de madrepérola, como presente para a
esposa...
Calados e muito decepcionados sentaram-se à mesa do
jantar, porque a festa de Natal lhes estava dando muito que pensar. – Não tinha
cada um deles tido as melhores intenções para com o outro? Por que então tinham
se desencontrado tão horrívelmente?
Reconheceram que os melhores planos dos homens saem
errados porque lhes falta a sabedoria divina.
- - -
O amor sempre pratica o bem contra o prócimo, e não o
mal. O amor cristão sabe que também é contaminado pelo pecado e pelo erro – por
mais bem-intencionado que seja! Por isso nós cristãos esperamos com tanta
ansiedade a vinda do Reino de Deus, na pessoa de Cristo, o Salvador. Nêle vemos
o amor perfeito e sem manchas e sem erros.
(Adaptado por Anibaldo Fieganbaum)
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